Quais são os riscos de ter diabetes do tipo 1?

O diabetes do tipo 1 é uma doença caracterizada pela baixíssima produção de insulina pelo organismo. Trata-se de um hormônio que faz a glicose do sangue (proveniente da alimentação) entrar nas células para ser metabolizada.

As taxas elevadas de açúcar aumentam o risco de complicações, como doenças cardiovasculares, danos aos nervos, problemas renais, nos olhos, nos pés, entre outros.

A diferença em relação ao diabetes tipo 2 é que este depende mais do estilo de vida, afetando pessoas geralmente a partir dos 45 anos de idade e é caracterizado pela baixa eficácia da insulina já produzida (em vez de ausência). Já o tipo 1 geralmente aparece em indivíduos mais jovens, independentemente dos hábitos de vida.

Um estudo recente publicado na revista Lancet calcula, com base em dados populacionais da Suécia, que pessoas com diabetes tipo 1 vivem 16 anos a menos em relação a quem não tem a doença, no caso de quem recebe o diagnóstico antes dos 10 anos de idade. Para quem recebe o diagnóstico mais tarde, ainda permanece um prejuízo de cerca de 10 anos.

No Brasil o problema pode ser maior graças à dificuldade de obtenção de diagnóstico. O tamanho do prejuízo para a saúde é proporcional ao período no qual a doença fica sem controle (o que não depende somente do diagnóstico).

Entre os sintomas da doença estão sede elevada, urinação frequente, xixi na cama em crianças que já haviam passado por essa fase, perda de peso não intencional, fadiga e visão turva.

O diabetes tipo 1 não tem cura e o controle se dá com uso de insulinas, dieta, monitoramento dos níveis de glicose e com exercícios físicos, além de medicamentos, explica Fabio Trujilho, presidente da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia).

Ele lembra que um dos maiores problemas para quem está com a doença controlada são os eventos de hipoglicemia (quando o nível de açúcar no sangue cai mais do que deveria, causando sensação de mal-estar, desmaios e até mesmo morte), daí a importância de um manejo rígido da dieta e o uso dos tipos corretos de insulina (de ação rápida ou lenta, por exemplo), a fim de reduzir a frequência e a severidade desses episódios.


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