Cremação de paciente que tomou droga radioativa gera contaminação nos EUA
O caso aconteceu no Arizona (EUA), em 2017. Um homem de 69 anos que lutava contra um câncer de pâncreas recebeu uma dose intravenosa de lutécio-177, uma droga radioativa. Elementos químicos radioativos muitas vezes são usados no diagnóstico e no tratamento oncológicos.
No dia seguinte, o paciente teve pressão baixa e foi levado ao hospital, mas morreu um dia depois. Cinco dias após a injeção, o corpo foi cremado.
Quando a equipe responsável pela radioterapia ficou sabendo da morte, avisou o crematório que o corpo ainda tinha grande quantidade de material radioativo no momento da cremação.
Realizaram uma varredura no estabelecimento e a coleta de urina de um funcionário do crematório. Havia um claro sinal de radiação no local devido ao lutécio-177, mas essa droga não apareceu na amostra de urina. No entanto, observou-se um outro radioisótopo, o tecnécio-99m, muito usado no diagnóstico por imagem de tumores.
O curioso é que o funcionário nunca havia passado por nenhum procedimento em que o elemento radioativo é empregado. O mais provável é que ele tenha sido exposto à substância na cremação de algum outro cadáver, afirmam os médicos da Mayo Clinic em artigo na revista JAMA desta terça (26).
Provavelmente o operador não arcará com consequências negativas para a saúde, já que a dose de radiação a que foi submetido seria relativamente baixa, pelos padrões internacionais. Mas, alertam os médicos, é necessário mais cuidado na hora de lidar com os cadáveres e de estabelecer protocolos de segurança para evitar acidentes mais graves.
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