Casos de infartos entre jovens são raros no país

Mortes de jovens por infarto, como a de Danilo Feliciano de Moraes, filho do pentacampeão Cafu, são raras e geralmente estão ligadas a condições preexistentes, como diabetes, colesterol elevado e defeitos congênitos.

No país, a morte de jovens entre 15 e 39 anos por infarto permanece constante ao longo dos últimos 10 anos, entre 3% e 4% do total, de acordo com dados do DataSUS, base de dados do Ministério da Saúde. Danilo tinha 30 anos de idade.

No ano de 2017, último para o qual há dados tabulados, 67.876 pessoas morreram por infarto agudo do miocárdio. Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil.

Geralmente as mortes súbitas e infartos em jovens estão associadas a defeitos congênitos (que já nascem com a pessoa), como más-formações do coração. Outro problema que pode agravar o prognóstico são doenças crônicas como hipertensão, diabetes e hipercolesterolemia (colesterol elevado).

Danilo teve um ataque cardíaco após jogar futebol por cerca de 10 minutos. Ele já havia tido um infarto em 2015, como informa a reportagem da Folha.

Segundo o cardiologista e médico do esporte Nabil Ghorayeb, do HCor (Hospital do Coração), a recomendação é que sempre a prática de atividades físicas intensas, como futebol, lutas, corrida e CrossFit, sejam precedidas de avaliação médica.

Para o especialista, o mínimo é a realização de um eletrocardiograma. Para atividades especialmente intensas, ele sugere uma avaliação médica por meio de um teste ergométrico.

Mesmo para atividades recreativas, como futebol entre amigos e familiares, é preciso ter esse tipo de cuidado, afirma o médico

“Quando se joga contra o primo ou o cunhado, você não quer deixar de ganhar. Às vezes é até mais estressante. Esporte é tentar ganhar, a disputa traz muitas emoções diferentes”, diz Ghorayeb.

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