Características individuais definem tratamento contra o câncer
Após o diagnóstico de câncer, uma das questões mais importantes que pacientes e familiares querem responder é esta: qual deve ser o tamanho da preocupação?
A resposta não é tão simples. Existe uma miríade de tipos e subtipos de câncer, e cada um tem uma chance maior ou menor de responder aos tratamentos existentes.
E novas pesquisas tornaram a oncologia uma área cada vez mais complexa: às vezes pode ser mais interessante, em vez de catalogar as doenças por órgão onde ocorrem, identificar que tipo de molécula as células tumorais estão produzindo, para aí escolher o tratamento mais efetivo.
Por exemplo, se a molécula HER2 estiver presente, é possível empregar a terapia-alvo conhecida como trastuzumabe, que apresenta bons resultados.
Apesar desse perfil molecular ser cada vez mais importante, ainda é importante saber a origem dos tumores e, sim, dependendo de onde eles estão localizados, o prognóstico pode variar bastante.
O prefeito paulistano Bruno Covas (PSDB-SP), de 39 anos, foi diagnosticado com câncer de estômago. O tratamento começará com quimioterapia e pode envolver cirurgia, a depender da resposta do tumor às drogas. O caso de Covas é um tanto complicado porque a doença já está avançada (uma metástase foi detectada no fígado).
Cerca de 30% dos pacientes diagnosticados com câncer de estômago permanecem vivos após cinco anos, de acordo com estatísticas americanas, além do tratamento, características individuais, como perfil genético e hábitos de vida podem determinar o sucesso do tratamento.